Chords for Sergio Godinho - Fado Gago
Tempo:
158.15 bpm
Chords used:
D
Em
Bm
G
Am
Tuning:Standard Tuning (EADGBE)Capo:+0fret
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Vai Ricardo, fá deste.
[A]
[D]
[B] [G]
[Em] [D]
[G]
[C#] Fado triste,
[B] fado negro das [Em] fielas, onde
[D] agora é que são elas?
[Bm] [D] Encomendaram este fado, [Am]
[C#] [B] mas só se fode [A] falado.
[Em] Fado falado,
[D] pagam bem e dão trocado.
O fado é [G] pago, mas eu que sou gago, [Bm]
só consigo balsear.
[B] Melhor cantar.
Mãos caprichosas, quecebosas, mimuseiam [A#m] a guitarra.
[Am] [C]
Mimuseando, o fado [F#] no fando, que se [D] entrenha nas vielas.
Mãos [Bm]
tagarelas, indecentes, mãos tão [A#] juntas, tão [D] ardentes.
[Am] Os dedos quentes, [F#] insolentes, só [D] se amainam na [G] guitarra.
[Dm] Espera aí, [B] já compreendi [Bm] que [Em] entoando, mesmo falando, mesmo falando,
[D] se falar como que é inverso, [Bm] não gaguejo e até [E] [C#] converso, com mais tais mãos [D] na guitarra.
[Em]
Eram assim estas mãos, [D] mãos de ferro e mãos de farra,
desse chico de uma [G] vida que, para ser fiel à história, andava na boa vida com a glória.
[G] [F#] Estavam de ver que o [D] melhorido, alfama, que é todo de alta linhagem, achava aquilo suspeito.
Vem [Bm] de viagem, esse chico marinheiro, todo feito, e vá de pendurar âncora na varanda da [D] pequena.
Estão a ver a cena.
Estavam a imaginar que dentro desse lugar, ou que tinha a mercearia ali em frente, [Bm] tudo era [G] [D] transparente.
O chico quando [Bm] dormia era marinheiro em terra, era a paz depois da guerra à sua glória.
Por isso dormiam juntos, sem divisória.
Mãos muito sábias, tantas lábias nas linhas [C#m] da quatro [D] palmas.
São [Am] duas almas, [D] irmanadas, pelas sinas da paixão.
[G]
Corpo na mão, mão [Bm] que esboaça e [A#] amordaça sem [C] ceteja.
De [A] cada [Am] vez que o fado [G] canta, [Am]
esqueço tanta da [Bm] gagueja.
[D] [C#] Mas um [B] dia, há sempre um dia, moeda ao ar, [Em] a cara e a croa viram a sorte [D] mudar.
Vamos lá, explicar.
É que [G] o chico com a memória de ter amor de mulher, vez à [E] vez, em cada [D#] porto, não [D] cuidou de amar a glória.
Foi-se [Em] à fruta no pomara, deixou a planta no [D] ouro.
Ou seja, resolveu catrafilar [Bm] toda a mulher que passava na rua por onde a glória, e aqui vai mais desta história, [B] espreitava.
Ah, que glória e [D] amilherteza!
Quando viu o [Am] chico, rou abaixo, rou acima, atracado a uma piru [G] ou a uma gagarina.
Na resta, bem conhecida daquelas que faz para a vida.
E ela, toda pimpante.
E ele, todo galante.
[A] [B]
[C] Veio-lhe à boca o ciume, a navalha foi [D#] luma, brilhando de [D] raiva.
Todo este barro que sabe que os [Em] dois calivão vão ter que morrer.
[Bm] Ai, vai correr-me de sangue, os folhos [Am] trafegam e eu pego-nos dois.
Atiro-lhe que as caças a horrirem e nem [D] olho para trás.
[Em] Tudo isto faz alerir, o chico [D#] já frito só tenta dizer.
[D] Glória em que o faz escamorro sem quase ter tempo [Em] de me arrepender.
[E] Dá-me uma oportunidade e [Am] nesta cidade eu prometo ser teu.
[Em] Eu quero [F#] morrer no Mar Alto e depois ir para o [Bm] céu.
[C]
[D]
Mas
[G] [Bm] Homicidas, amaticidas, assim [B] eram e se [C] não fosse.
O olhar [F#] doce, [Am] por um instante, desse homem tão [Bm] inconstante.
Mosca da Glória, tenho nome e em seu nome vão [Am] amar.
Eu fico gago com o afago que essas [D] mãos souberam [G] dar.
[A] [A#] [B]
[C] E eu, afagar dessas mãos já [D#] desenho na pele a promessa futura.
[Bm] Jura, vai, jura que és todo meu [Em] até ao fim, todo, todo domingo.
[G#] Glória, vou desembarcar nessa vida [Am] em que andava à deriva no amor.
[Em] Chico, os meus braços de mar não te [E] abriguem calor.
[Em] E assim acaba esta história, o [D#m] chico da Glória está bom de saber.
[D] Há anos com vidas atrás, vão [Em] atrás de uma vida onde é tudo viver.
[E] Quem fala assim não é gago, não [Am] quero voltar a um assunto encerrado, mas
[Em] Digam-me lá se eu não sou [B] gago e canto de fado.
[Em] [N]
[A]
[D]
[B] [G]
[Em] [D]
[G]
[C#] Fado triste,
[B] fado negro das [Em] fielas, onde
[D] agora é que são elas?
[Bm] [D] Encomendaram este fado, [Am]
[C#] [B] mas só se fode [A] falado.
[Em] Fado falado,
[D] pagam bem e dão trocado.
O fado é [G] pago, mas eu que sou gago, [Bm]
só consigo balsear.
[B] Melhor cantar.
Mãos caprichosas, quecebosas, mimuseiam [A#m] a guitarra.
[Am] [C]
Mimuseando, o fado [F#] no fando, que se [D] entrenha nas vielas.
Mãos [Bm]
tagarelas, indecentes, mãos tão [A#] juntas, tão [D] ardentes.
[Am] Os dedos quentes, [F#] insolentes, só [D] se amainam na [G] guitarra.
[Dm] Espera aí, [B] já compreendi [Bm] que [Em] entoando, mesmo falando, mesmo falando,
[D] se falar como que é inverso, [Bm] não gaguejo e até [E] [C#] converso, com mais tais mãos [D] na guitarra.
[Em]
Eram assim estas mãos, [D] mãos de ferro e mãos de farra,
desse chico de uma [G] vida que, para ser fiel à história, andava na boa vida com a glória.
[G] [F#] Estavam de ver que o [D] melhorido, alfama, que é todo de alta linhagem, achava aquilo suspeito.
Vem [Bm] de viagem, esse chico marinheiro, todo feito, e vá de pendurar âncora na varanda da [D] pequena.
Estão a ver a cena.
Estavam a imaginar que dentro desse lugar, ou que tinha a mercearia ali em frente, [Bm] tudo era [G] [D] transparente.
O chico quando [Bm] dormia era marinheiro em terra, era a paz depois da guerra à sua glória.
Por isso dormiam juntos, sem divisória.
Mãos muito sábias, tantas lábias nas linhas [C#m] da quatro [D] palmas.
São [Am] duas almas, [D] irmanadas, pelas sinas da paixão.
[G]
Corpo na mão, mão [Bm] que esboaça e [A#] amordaça sem [C] ceteja.
De [A] cada [Am] vez que o fado [G] canta, [Am]
esqueço tanta da [Bm] gagueja.
[D] [C#] Mas um [B] dia, há sempre um dia, moeda ao ar, [Em] a cara e a croa viram a sorte [D] mudar.
Vamos lá, explicar.
É que [G] o chico com a memória de ter amor de mulher, vez à [E] vez, em cada [D#] porto, não [D] cuidou de amar a glória.
Foi-se [Em] à fruta no pomara, deixou a planta no [D] ouro.
Ou seja, resolveu catrafilar [Bm] toda a mulher que passava na rua por onde a glória, e aqui vai mais desta história, [B] espreitava.
Ah, que glória e [D] amilherteza!
Quando viu o [Am] chico, rou abaixo, rou acima, atracado a uma piru [G] ou a uma gagarina.
Na resta, bem conhecida daquelas que faz para a vida.
E ela, toda pimpante.
E ele, todo galante.
[A] [B]
[C] Veio-lhe à boca o ciume, a navalha foi [D#] luma, brilhando de [D] raiva.
Todo este barro que sabe que os [Em] dois calivão vão ter que morrer.
[Bm] Ai, vai correr-me de sangue, os folhos [Am] trafegam e eu pego-nos dois.
Atiro-lhe que as caças a horrirem e nem [D] olho para trás.
[Em] Tudo isto faz alerir, o chico [D#] já frito só tenta dizer.
[D] Glória em que o faz escamorro sem quase ter tempo [Em] de me arrepender.
[E] Dá-me uma oportunidade e [Am] nesta cidade eu prometo ser teu.
[Em] Eu quero [F#] morrer no Mar Alto e depois ir para o [Bm] céu.
[C]
[D]
Mas
[G] [Bm] Homicidas, amaticidas, assim [B] eram e se [C] não fosse.
O olhar [F#] doce, [Am] por um instante, desse homem tão [Bm] inconstante.
Mosca da Glória, tenho nome e em seu nome vão [Am] amar.
Eu fico gago com o afago que essas [D] mãos souberam [G] dar.
[A] [A#] [B]
[C] E eu, afagar dessas mãos já [D#] desenho na pele a promessa futura.
[Bm] Jura, vai, jura que és todo meu [Em] até ao fim, todo, todo domingo.
[G#] Glória, vou desembarcar nessa vida [Am] em que andava à deriva no amor.
[Em] Chico, os meus braços de mar não te [E] abriguem calor.
[Em] E assim acaba esta história, o [D#m] chico da Glória está bom de saber.
[D] Há anos com vidas atrás, vão [Em] atrás de uma vida onde é tudo viver.
[E] Quem fala assim não é gago, não [Am] quero voltar a um assunto encerrado, mas
[Em] Digam-me lá se eu não sou [B] gago e canto de fado.
[Em] [N]
Key:
D
Em
Bm
G
Am
D
Em
Bm
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Vai Ricardo, fá deste. _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ [A] _ _
_ _ _ _ _ [D] _ _ _
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_ _ [B] _ _ [G] _ _ _ _
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[Em] _ _ [D] _ _ _ _ _ _
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_ _ _ _ _ _ _ [G] _
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_ _ _ _ [C#] Fado triste, _
_ [B] _ _ _ fado negro das _ [Em] _ fielas, _ onde _
[D] _ _ _ _ agora é que são elas?
_ [Bm] _ _ _ [D] Encomendaram este fado, [Am] _
_ [C#] _ _ [B] mas só se fode [A] falado.
_ _ [Em] _ _ Fado falado, _
_ [D] _ pagam bem e dão trocado. _
_ O fado é [G] pago, _ _ mas eu que sou gago, _ [Bm]
só consigo _ _ _ balsear.
_ _ [B] Melhor _ cantar. _
_ _ _ _ _ Mãos _ caprichosas, _ _ quecebosas, _ _ mimuseiam [A#m] a guitarra.
[Am] _ _ [C] _
Mimuseando, o fado [F#] no fando, que se [D] entrenha nas _ vielas.
Mãos [Bm] _
_ tagarelas, _ _ indecentes, mãos tão [A#] juntas, tão [D] ardentes.
[Am] Os dedos quentes, _ _ [F#] _ insolentes, só [D] se amainam na [G] _ guitarra. _
_ [Dm] _ Espera aí, [B] _ _ já compreendi [Bm] que [Em] entoando, _ mesmo falando, mesmo falando,
[D] _ _ se falar como que é inverso, [Bm] não gaguejo e até [E] _ _ [C#] converso, com mais tais mãos [D] na _ guitarra.
_ [Em] _ _ _
Eram assim estas mãos, [D] mãos de ferro e mãos de farra,
desse chico de uma [G] vida que, para ser fiel à história, andava na boa vida com a glória. _
[G] _ [F#] Estavam de ver que o [D] melhorido, alfama, que é todo de alta linhagem, achava aquilo suspeito.
Vem [Bm] de viagem, esse chico marinheiro, todo feito, e vá de pendurar âncora na _ varanda da [D] pequena.
Estão a ver a cena. _
_ Estavam a imaginar que dentro desse lugar, ou que tinha a mercearia ali em frente, [Bm] _ tudo era _ _ [G] _ [D] transparente.
O chico quando [Bm] dormia era marinheiro em terra, _ era a paz depois da guerra à sua glória.
Por isso dormiam juntos, _ _ sem divisória. _ _ _ _ _
Mãos muito sábias, tantas lábias nas linhas [C#m] da quatro [D] palmas.
São [Am] duas almas, _ [D] _ irmanadas, pelas sinas da paixão.
[G] _ _
Corpo na mão, mão [Bm] que _ esboaça e [A#] amordaça sem [C] ceteja.
_ De [A] cada [Am] vez que o fado [G] canta, _ [Am]
esqueço tanta da _ [Bm] _ _ gagueja.
[D] _ _ [C#] _ Mas um [B] dia, há sempre um dia, moeda ao ar, [Em] a cara e a croa viram a sorte [D] mudar.
Vamos lá, explicar. _ _
É que [G] o chico com a memória de ter amor de mulher, vez à [E] vez, em cada [D#] porto, não [D] cuidou de amar a glória.
Foi-se [Em] à fruta no pomara, deixou a planta no [D] ouro.
_ Ou seja, resolveu catrafilar [Bm] toda a mulher que passava na rua por onde a glória, e aqui vai mais desta história, _ [B] espreitava.
Ah, que glória e [D] amilherteza!
Quando viu o [Am] chico, rou abaixo, rou acima, atracado a uma piru [G] ou a uma gagarina.
_ Na resta, bem conhecida daquelas que faz para a vida.
E ela, toda pimpante.
E ele, todo galante.
_ _ [A] _ _ _ [B] _
_ _ _ _ [C] Veio-lhe à boca o ciume, a navalha foi [D#] luma, brilhando de [D] raiva.
Todo este barro que sabe que os [Em] dois calivão vão ter que morrer.
[Bm] Ai, vai correr-me de sangue, os folhos [Am] trafegam e eu pego-nos dois.
Atiro-lhe que as caças a horrirem e nem [D] olho para trás. _ _
[Em] Tudo isto faz alerir, o chico [D#] já frito só tenta dizer.
_ [D] Glória em que o faz escamorro sem quase ter tempo [Em] de me arrepender.
_ _ [E] Dá-me uma oportunidade e [Am] nesta cidade eu prometo ser teu.
_ _ [Em] Eu quero [F#] morrer no Mar Alto e depois ir para o [Bm] céu.
_ _ [C] _
_ [D] _ _ _ _ _ _
Mas_
[G] _ _ _ [Bm] Homicidas, amaticidas, assim [B] eram e se [C] não fosse.
O olhar [F#] doce, [Am] por um instante, desse homem tão _ [Bm] inconstante. _
Mosca da Glória, tenho nome e em seu nome vão [Am] amar. _ _
Eu fico gago com o afago que essas [D] mãos souberam [G] dar. _ _
_ [A] _ _ _ [A#] _ [B] _ _ _
_ [C] E eu, afagar dessas mãos já [D#] desenho na pele a promessa futura.
[Bm] Jura, vai, jura que és todo meu [Em] até ao fim, todo, todo domingo.
_ [G#] Glória, vou desembarcar nessa vida [Am] em que andava à deriva no amor.
[Em] Chico, os meus braços de mar não te [E] abriguem calor.
_ _ [Em] E assim acaba esta história, o [D#m] chico da Glória está bom de saber.
[D] Há anos com vidas atrás, vão [Em] atrás de uma vida onde é tudo viver.
[E] Quem fala assim não é gago, não [Am] quero voltar a um assunto encerrado, mas_
_ [Em] Digam-me lá se eu não sou [B] gago e canto de fado.
[Em] _ _ _ [N] _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
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Vai Ricardo, fá deste. _ _ _ _ _ _
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[Em] _ _ [D] _ _ _ _ _ _
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_ _ _ _ [C#] Fado triste, _
_ [B] _ _ _ fado negro das _ [Em] _ fielas, _ onde _
[D] _ _ _ _ agora é que são elas?
_ [Bm] _ _ _ [D] Encomendaram este fado, [Am] _
_ [C#] _ _ [B] mas só se fode [A] falado.
_ _ [Em] _ _ Fado falado, _
_ [D] _ pagam bem e dão trocado. _
_ O fado é [G] pago, _ _ mas eu que sou gago, _ [Bm]
só consigo _ _ _ balsear.
_ _ [B] Melhor _ cantar. _
_ _ _ _ _ Mãos _ caprichosas, _ _ quecebosas, _ _ mimuseiam [A#m] a guitarra.
[Am] _ _ [C] _
Mimuseando, o fado [F#] no fando, que se [D] entrenha nas _ vielas.
Mãos [Bm] _
_ tagarelas, _ _ indecentes, mãos tão [A#] juntas, tão [D] ardentes.
[Am] Os dedos quentes, _ _ [F#] _ insolentes, só [D] se amainam na [G] _ guitarra. _
_ [Dm] _ Espera aí, [B] _ _ já compreendi [Bm] que [Em] entoando, _ mesmo falando, mesmo falando,
[D] _ _ se falar como que é inverso, [Bm] não gaguejo e até [E] _ _ [C#] converso, com mais tais mãos [D] na _ guitarra.
_ [Em] _ _ _
Eram assim estas mãos, [D] mãos de ferro e mãos de farra,
desse chico de uma [G] vida que, para ser fiel à história, andava na boa vida com a glória. _
[G] _ [F#] Estavam de ver que o [D] melhorido, alfama, que é todo de alta linhagem, achava aquilo suspeito.
Vem [Bm] de viagem, esse chico marinheiro, todo feito, e vá de pendurar âncora na _ varanda da [D] pequena.
Estão a ver a cena. _
_ Estavam a imaginar que dentro desse lugar, ou que tinha a mercearia ali em frente, [Bm] _ tudo era _ _ [G] _ [D] transparente.
O chico quando [Bm] dormia era marinheiro em terra, _ era a paz depois da guerra à sua glória.
Por isso dormiam juntos, _ _ sem divisória. _ _ _ _ _
Mãos muito sábias, tantas lábias nas linhas [C#m] da quatro [D] palmas.
São [Am] duas almas, _ [D] _ irmanadas, pelas sinas da paixão.
[G] _ _
Corpo na mão, mão [Bm] que _ esboaça e [A#] amordaça sem [C] ceteja.
_ De [A] cada [Am] vez que o fado [G] canta, _ [Am]
esqueço tanta da _ [Bm] _ _ gagueja.
[D] _ _ [C#] _ Mas um [B] dia, há sempre um dia, moeda ao ar, [Em] a cara e a croa viram a sorte [D] mudar.
Vamos lá, explicar. _ _
É que [G] o chico com a memória de ter amor de mulher, vez à [E] vez, em cada [D#] porto, não [D] cuidou de amar a glória.
Foi-se [Em] à fruta no pomara, deixou a planta no [D] ouro.
_ Ou seja, resolveu catrafilar [Bm] toda a mulher que passava na rua por onde a glória, e aqui vai mais desta história, _ [B] espreitava.
Ah, que glória e [D] amilherteza!
Quando viu o [Am] chico, rou abaixo, rou acima, atracado a uma piru [G] ou a uma gagarina.
_ Na resta, bem conhecida daquelas que faz para a vida.
E ela, toda pimpante.
E ele, todo galante.
_ _ [A] _ _ _ [B] _
_ _ _ _ [C] Veio-lhe à boca o ciume, a navalha foi [D#] luma, brilhando de [D] raiva.
Todo este barro que sabe que os [Em] dois calivão vão ter que morrer.
[Bm] Ai, vai correr-me de sangue, os folhos [Am] trafegam e eu pego-nos dois.
Atiro-lhe que as caças a horrirem e nem [D] olho para trás. _ _
[Em] Tudo isto faz alerir, o chico [D#] já frito só tenta dizer.
_ [D] Glória em que o faz escamorro sem quase ter tempo [Em] de me arrepender.
_ _ [E] Dá-me uma oportunidade e [Am] nesta cidade eu prometo ser teu.
_ _ [Em] Eu quero [F#] morrer no Mar Alto e depois ir para o [Bm] céu.
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[G] _ _ _ [Bm] Homicidas, amaticidas, assim [B] eram e se [C] não fosse.
O olhar [F#] doce, [Am] por um instante, desse homem tão _ [Bm] inconstante. _
Mosca da Glória, tenho nome e em seu nome vão [Am] amar. _ _
Eu fico gago com o afago que essas [D] mãos souberam [G] dar. _ _
_ [A] _ _ _ [A#] _ [B] _ _ _
_ [C] E eu, afagar dessas mãos já [D#] desenho na pele a promessa futura.
[Bm] Jura, vai, jura que és todo meu [Em] até ao fim, todo, todo domingo.
_ [G#] Glória, vou desembarcar nessa vida [Am] em que andava à deriva no amor.
[Em] Chico, os meus braços de mar não te [E] abriguem calor.
_ _ [Em] E assim acaba esta história, o [D#m] chico da Glória está bom de saber.
[D] Há anos com vidas atrás, vão [Em] atrás de uma vida onde é tudo viver.
[E] Quem fala assim não é gago, não [Am] quero voltar a um assunto encerrado, mas_
_ [Em] Digam-me lá se eu não sou [B] gago e canto de fado.
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